Churrasco de caricatas no meu ilê

por Ŧяєdy Gσmєs

Genteim, sábado teve churrasco de caricatas aqui em casa. Sabe como é, aniversário da vovó e as pessôuas querem se reunir para comemorar e falar mal uns dos outros e comigo não é diferente, meu amô. Elas só precisavam de espaço, comida e celebridades de segunda linha. Convidei algumas pessôuas, como meu boy e Diva, que estava hospedada aqui em casa.

Tudo começou com um telefonema ...



Piririm-Piririm-Piririm. Alguém ligou pra mim!

Eu: Alô, travesty?!
A voz: Filho ... - passada!
Eu: Ain, mamy! Pensei q fosse outra pessôua ...
A voz: Tudo bem, estou acostumada. Toda vez que eu te ligo eh isso ...
Eu: Então fala logo que tô ocupada! - nervÓsa!
A voz: É aniversário da sua avó e precisamos nos reunir para ...
Eu: A sinhÓra sabe q eu ODEIO festas e as pessôuas! - muito franca!
A voz: Mas Fredynho, sua avó faz aniversário e ...
Eu: Tah bom! Traga o povo no sábado e eu providencio o resto
A voz: Ai, lindinho! Mamãe está muito orgulhosa de você e ...
Eu: tu-tu-tu ...

Falei para minha governanta Damiana aprontar a decoração e cordenar os outros empregados para uma grande festa. Foi aí que minha governanta deu a idéia de um churrasco, uma bôua feijoada, bolo e salgadinhos. Ain, mas eu tenho horror de carne. Pra mim seria mais um massacre e não uma festa, mas aceitei.

Só que no dia da festa surgiu um imprevisto. Bárbara, minha ameega, me ligou dizendo: "Não vai dar. Damiana tá doente!" Fiquei com o koo espumando de tanta raiva. Mas aí que veio a idéia de me vingar de toda aquela geintchinha falsa que faz aqueles sorrisos amarelos quando me vêem. Resolvi eu mesma fazer a feijoada. O resto já estava tudo feito ou então encomendado. Me joguei na cozinha e não encontrei nenhum 'Racumin' e nem ao menos 'Diabo Verde'. Esqueci que não sou doméstica e tão pouco sabia onde os empregados guardavam as coisas. Eu tenho mania de pedir tudo. Ser servida, entende?!

Acordei Diva aos tapas e falei que um boy estava para chegar em casa e eu deixaria ela fazê-lo no meu lugar, já que eu estava ocupada. A beeshah foi no banheiro e fez aquela shucka maravilhosa (com direito a 'brinde' ) e deixou a água numa bacia, que a Damiana esquecera no banheiro do quarto de hóspede. Peguei a água da shucka da Diva, levei para o cozinha e coloquei no caldeirão. Era a própria feijoada, com pedaços de carne e tudo. Sem contar a cor da água, que mais parecia um córgo. Você tah puodre, beeshah?

Chegam os convidados e eu só refoguei a couve para dar o arzinho de feijoada clássica. Estava um pouco nervÓsa por aquela fumaceira estar pegando no meu cabelo natural, mas eu ainda tiraria proveito daquela cena. Foi aí que chegou uma amapôa desgraçada. Namorada do meu primo Fábio, aquele gato com sorriso cachorro que me seduzia com a sua ... Ér, onde eu estava mesmo?! Ah! Então, chegou meu primo Fábio de braços dados com Roselaine, sua namorada. Ela me odeia tanto e me olhava com gana de Soraya. Quase desci do salto e meti a mão na fuça dela. Mas fui lá falar um 'oi' e dar um close. Agüentei aquela vadhya por tempo demais, eu acho. Mas depois valeu a pena porque marquei algumas 'coisinhas' com meu priminho. Lu-xo!

Recebendo os convidados e cumprimentando à todos. Fiz a linha falsa. Confeso! Foi a única vez (cof! cof!) que eu tinha feito isso. Todas as pessôuas bem vestidas, mas no fundo todas cagadas. Aquela música de fundo. AdÓro Vivaldi, Bethoveen ... Ain, que saudades de Chicago!

Fiquei o lado todo com minha avó e minha mãe, enquanto os outros se embreagavam e dançavam com espetinhos de churrasco. Quem é que tem a família perfeita, por favor, levante a mão. Fiquei abrindo e dando a Elza nos presentes da vovó. Não agüentei fazer por muito tempo a linha *famíliar* e fui logo pedindo que os empregados servissem a feijoada. Eu só olhava pelo canto dos olhos e batia meu cílios suavemente. Foi aí que alguém disse: "Nooossa! Mas essa feijoada está maravilhosa! Quem é que fez tem as mãos abençoadas ..." Miniiina, meu picumã quase acuendou nesse momento. Além de servir aquela coisa nojenta e fedorenta o povo ainda gostou do gosto. Só de pensar me dá náuseas. Roselaine veio falar, com o espaço entre os dentes cheio de carne, se eu não iria comer a feijoada. Eu saí bem e falei: "Keridjinhãn, eu sou pela Paz, pelo Amor e pela Vida! Não como carne, sou vegetariana. Ainda prefiro um nabo, keridjinhãn ..."

Como o próprio fulano disse (não com essas palavras, mas eu que tinha feito a malandragem, entendera dessa forma) que Diva tinha o koo abençoado, foi logo acontecendo os 'milagres'. A shucka devia ter algum purgante e as pessôuas todas estavam passando mal e indo pras suas casas, antes de cortar o bolo. Eu fazia a phina, mas por dentro estava dando gargalhadas como uma maloqueira. Só deixei os familiares mais íntimos e não tão odiados por mim, como mamy, pappy, meus irmãos Cravinho, vovó e as titias. Cortamos o bolo, coloquei um pedaço pra cada um numa tapauer e tranquei os portões da rua.

Liguei meu rádio e ao som de um bolero eu brindava a mim mesma a vitória de ter dado o troco merecido a Roselaine. Vinho francês sempre vem a calhar nesses momentos em que me sinto poderÓsa! Fui para minha suite-master e escutei barulho em um dos quatros. Entrei e me deparei com a cena:


- Oi, ameega! Zuzubéin?! Cadê o boy?!

Genteim, esqueci a Diva o dia inteiro dentro do quatro. Acreditem se quiserem, mas a beeshah por causa de uma rôla no koo ficou o dia toda semi-nua esperando levar brasa. Tudo isso por uma simples vingançinha básica ... huahua

Ps¹: A feijoada que sobrou? Ah, dei pra Dhé ... será que fez mal à ela? Acho que não. Pra quem passa fome não tem que reclamar de nada ...

Ps²: A vingança da Diva sobre mim e 'o troco' vem no próximo post escrito por ela mesma ... Medow! Medow! Medow!



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