# 163 - Fox! La Bella Máfia

por Ŧяєdy Gσmєs

Era sábado, 5h da matina e eu acabara de chegar da buátchi carregada por dois go-go boys. Eu estava muito colocada e preparava uma água tônica para recuperar os ânimos e poder pagar a gentileza dos nobres másculos rapazes, quando ...

Piririm! Piririm! Piririm! Alguém ligou pra mim ...

Odeio ser interrompida na hora das refeições, então atendi nervÓsa:

Eu: Alô? Kikié, gueralho?
A voz: Fredy, aqui é a Dona Rosário, mãe do Igor. Tudo bem?
Eu: Oi, amada! Tô bôua e a sra?
A voz: Ah, nem tudo. Preciso da sua ajuda. Andei lendo algumas entrevistas suas em revistas e gostaria que me ajudasse a curar meu filho. Ele ando muito mal e acho que está possuído pelo demônio!

Nesse momento eu fiquei passada, pois minha amEEga estava passando para o Inferno e ela me devia horrorez. Desliguei o telefone, dei uma mamada em cada um dos bofes e guiei para estrada com todas as minhas forças.


Iguetty é uma nigrinha mineira que conheci na Itália, alguns anos atrás. Aprontamos algumas por lá e mantivemos contato. Sempre soube que ela era lokona do edí e que dava a Elza, mas que mexia com magia negra, essa era nova. Por isso que deixei o Agreste babadeiro para visitar sua cidade, Juiz de Fora!

Cheguei e a muvuca já estava na porta do ilê da beesha. Anunciaram minha chegada na cidade e me receberam com faixas, flores, chocolates, presentes e afins. Saí do carro com óculos escuro no carão e fiz a egípcia com todo mundo. Meti meu salto na porta e derrubei a madeira que a segurava.

- Ah, você veio mesmo?
- Claro, meu amô! Vim ver como está essa putona!
- Filho, olha quem está aqui ...
- Arrrggghhh! O que você tá fazendo aqui, môna?
- Vim levantar a sra, buscar meu aqué e pegar uns mineirinhos!

Foi aí que a mãe da Iguetty me disse que havia algumas semanas que ela estava de cama e que ela não comia, bebia e nem nenava. Isso sem contar que a mãe dela estava com o terço nas mãos, a Bíblia Sagrada e ficava rezando com as mãos sobre ela, enquanto a beesha ria horrorez. Achei aquilo um ato um tanto religioso mas, conhecendo bem Xangô, ele estava enfurecido com alguma coisa que ela aprontou. Então pedi que Dona Rosário nos deixasse sozinhas no quarto pra ter aquela conversinha De Mulher pra Mulher, Marisa ...

- Viado, o que acontece?
- Não sei, fui pra buátchi na semana passada e voltei capotada.
- Isso lá é catiguria, chegar em casa carregada? (olha quem fala ...)
- Eu sei, môna. Mas eu bebi muito e chutei uma oferenda.
- Eu sabia! As nuvens estão trêmulas. Xangô não me engana ...
- Coméquié?
- Esquece! Levante-se da cama e vamos lavar esse carão. Olha, parece que a sra não tem mais olho de tanta remela. Cadê a make-up pra me receber, trava?
- Tô morrendo e a sra quer produção, viado!
- Digna de morte luxo!

Peguei a beesha pelo muco e a arrastei até o carro. Fomos até a cidade vizinha levá-la para tomar um passe e tirar os encostos. Xangô se enfureceu porque ela bebeu o vinho e comeu o fubá de sua oferenda. Acalmamos Xangô e ela voltou outra para Juiz de Fora.

Já estava arrumando minhas coisas, quando Dona Rosário pediu que eu esperasse que ela estava fazendo o almoço e queria me agradecer pela ajuda com um almoço em família. É óbvio que eu não disse para ela que Iguetty tinha feito o tal. Disse que ela estava com fraqueza e que a levei até o médico para tomar soro.

Conversando, Iguetty me confessou que tinha aproveitado muito bem o tempo, desde que nos separamos na Itália: ela estava passando seu doce pra quatro pessôuas por dia e que estava na linha do oti, do tabá, padê e até da guelzima. Trocamos alguns bagulhos e combinamos que iríamos pra buátchi de lá, já que era sábado e dia de Exu sair pra comer.

"Môna, vou por meu prato. Minha mãe fez lasanha com molho de salsicha, porque não tinha carne moída. É triste, muito triste!" Iguetty não é uma má pessôua, mas não tem muito modos. Toda hora ela falava de boca cheia, se entalava com lasanha e desentalava com suco. Uó!

Passamos uma tarde agradável e nos preparávamos para buátchi. Iguetty montadíssima assumia o nome de drag Chetara Galberinny D'Martan Igbalé. O povo ficou passado com a recuperação instantânea da trava com minha presença e, não deitando, saímos finas rumo à buátchi.

Chegando lá, Iguetty já estava lokona pra se colocar. Virou três otis de uma vez e foi caçar no banheiro. Eu não estava afim ainda de me colocar e nem de caçar mala. Então fiquei fazendo pixxxta e esperando pelo show. Depois do show que eu me transformo e aí que tudo acontece.

Fui procurar Iguetty e vi a puta mamando um erê de 17 anos. Mamou e acunedou o erê. Tentei falar com ela, mas ela já estava possuída e dizia estar com "uma falange de 7.777 Exus nas costas!" Não duvidei porque conhece muito bem as pessôuas que possuem encostos, então guiei e fui pro dark-room fazer cena. Mas antes, fazer uma pegação básica no banheiro. AdÓro!

O dark estava muito quente e você mal se movimentava e levava surra de neca do carão. Fiquei no cantinho com um, dois, três ... ah, sei lá quantos bofes passaram por lá. Tava cheio aquela putaria! Então, no centro do dark eu vi a luz de um celular Nókia e Iguetty largada na chón dizendo:

"Homens, quero ser banhada de leite (muito leite!) porque faz bem para pele e para o cabelo!"


Uma roda se formou e Iguetty foi lavada por leite. Eu guiei na mesma hora. Leite não é muito comigo. Faço a boquete e bato bolo, mas na hora do estouro de champagne, titia sai da frente e não bebe!

Iguetty estava com vários encostos e toda hora um se manifestava. Esperei ela sair do dark e, molhada, tentei falar com ela. Fez a grossa e me xoxou: "É R$15 a chupeta e R$30 a completa. Tá afim? Senão avôua!" Nem respondi e ela já queimou chão ...

Fiquei nervÓsa porque me coloquei e estava curtindo uma pegação e, quando dei por mim, Elza tinha passado a mão na minha carteira fechada de Carlton. Terminei a pegação e estava cansada e com uma noite sem dormir, então me despedi da puta e tenho certeza que ela não se lembra disso e voltei para o Agreste ...

No dia seguinte, em plena 7h da matina, novamente:

Piririm! Piririm! Piririm! Alguém ligou pra mim ...


Eu: Alô, meu bein?!
A outra voz: Oi, bee. É a Makaka. Tudo bem?
Eu: Desembucha que eu ainda estou dormindo ... ¬¬'
A outra voz: Então, eu tô dodói!
Eu: O que a sra tem?
A outra voz: Tô com inflamação na coluna. Já tomei 3 injeções!
Eu: E ...?
A outra voz: Minha mãe vai pra praia e eu tô de cama ...
Eu: Opa, praia! Tô pondo meu biquini ...
A outra voz: Não, bee. É que eu queria que a sra viesse aqui.
Eu: Pra que? Tem bofe aí?
A outra voz: Não. A sra ficaria cuidando de mim ....
Eu: Coméquié? Sua mãe vai pra praia e eu tenho que cuidar sa sra?
A outra voz: É, não posso me levantar e preciso de companhia ...
Eu: Eu que não vou ficar cuidando de uma inválida!
Tu Tu Tu

Muito franca?! Demais!!
Estão achando que sou curadeira agora? Meu koo!! Ah, falei ...

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