Parada Gay 2007 - Parte 1: Todo um processo ...

por Ŧяєdy Gσmєs



Senhôuras e senhôures, respeitável ... inhaê ... público!

Vou contar com todos os detalhes sórdidos como foi esse escândalo que abalou minha carreira e deixou uma das Cilibrinas desabilitada para comprarecer no seu trabalho nas próximas semanas:

Estava eu namorando com um bophinho de 23 anos e nos dávamos muito bem na cama, na vida social e no lado afetivo. Eu, praticamente, fui obrigada a terminar ou dar um tempo na relação, já que ele não entendia o meu lado artístico e penoso. Talvez a gente ainda volte, mas por enquanto a titia aqui está aberta à propostas de relacionamento sério, aventuras e pegações. Muito suja!

Dias antes, eu cheguei no boph e abri o jogo: "Olha aqui, meu amô! Eu sou uma pessôua que nasci para o povo (entendam como quiser ...) e não posso ficar presa à ninguém. Tenho que desenvolver meu lado artístico e dar close com as amEEgas. Portanto, se você deseja meu côurpo e me ama de verdade, entenda isso como um toque. Quero alguém compreensivo e que entenda as minhas extremas e absurdas necessidades de me jogar no batidão e agir como uma verdadeira Cilibrina!" Ele não entendeu muito, já que ele desconhece esse meu lado virtual e ficou passado, bege e neon com tudo o que falei. Ele até tentou falar alguma coisa, mas eu cortei logo: "É só isso!" - saindo.

Acho que não agi errado, já que eu preciso de um tempo para mim mesmo e meus fãs. Ficamos sem conversar direito na semana e, na 6ª-feira, estava eu na linha Dancin' Days mais do que nunca. Junto com a baiana Meu Caro Vinho (minha irmã Telúrica) causávamos num dos barzinhos GLS da Paulista. Quase fomos expulsas, se não fosse o meu afronto e a minha jogada de cabelo no carão do dono. Ser reconhecida também ajudou muito. Confesso!

Depois de voltar do repouso no ilê da convidada Laura Meu Bem, fui para o Agreste me preparar num banho de ofurô para enfrentar a multidão. Chegando lá me deparei com minha secretária eletrônica totalmente fanha de tanto repetir o horário de encontro com as travas mas, mesmo assim, elas faziam questão de ficar ligando e deixando mensagens, já que meu celular havia esquecido com meu, até então, namôuradinho. Liguei para todas e confirmei novamente, já que as coisas não andam se eu não ficar no comando. Marcado, eu me produzo e vou ao encontro corajÓsa ...

Encontrei com a Eveline Makaka no meio do caminho e fomos juntas até a Paulista com um bando de vinhados gritando: Hey! Hey! Hey! São Paulo todo é gay!" Encontramos com a Soraya Montenegro, Dhézona Caminhoneira (que usava uma camisa pintada por ela mesma com as letras "MBQL", que significavam Minha Buceta Que Lateja), Joelma da Banda Apocalypso, sua mulher, Meu Caro Vinho e, 15 minutos depois, com Laura, meu bem chega com um bophinho. Tensa, chamei a amapôa de canto e dei-lhe a bronca:

- Quem é essa beesha?!
- Meu bein, eu trouxe ela para senhôura ...
- Da onde ela é?
- Sei lá! Acho que ela me falou que mora na Estrada de Itapecirica ...
- Caralhos me fodam! A sra nem conhece?!
- Não! Encontrei com ela no caminho e já fiz amizade ...

Não gostei muito da idéia de ter um desconhecido no grupo, mas não fiz a grossa e até dei atenção pro erêzinho. Subi no meu carro alegórico e abri a Parada com um belíssimo discurso. Dessa vez eu não cantei "Freak Le Boom Boom" e nem outro hit. Para minha surpresa, Dhézona comandava um carro alegórico logo atrás do meu do Bloco Vovó Bolão e escondia seu carão com um saco de pão na cabeça. Ela pedia esmolas e colaboração à todos. Viramos o carão e rumo à Parada ...

Laura, meu bem logo mostrou ao que veio: beijou Thammy Caminhão Gretchen logo que a encontrou, gerando um panqué com seu namôurada e a Rainha do Rebolado. Dhézona, com vergonha, sumiu da vista de todos, junto com Joelma e sua mulher. Soraya também havia sumido, mas logo apareceu com um pirulito enorme na mão:

- Que porra é essa agora?!
- Calma, bee. A sra vai ver o que eu vou aprontar ...

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